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Cássia Aresta

“Pela linguagem construtiva desenvolvo minha obra. São as sensações ótico-sensoriais, através de estruturas geométricas, que desenvolvo relações espaço/tempo. Estruturas essas que geram as formas. O conceito se encontra nas interações dos planos, das delimitações, das linhas, das cores e superfície. As formas podem ser lidas como planos e vice-versa, que por sua vez são superfícies. Como superfície a ação pictórica se apresenta muito sutil por ser lisa. Quando na intersecção dos planos aparece a linha, essa cria tensões espaciais. È neste momento que para mim eu determino o tempo, que ora é marcado pelo movimento das linhas na obra seriada; ora é pelo intervalo das mesmas, dando ritmo; ora é pela divisão de cores. A cor por vezes é linguagem autônoma atuando como protagonista. O branco e o preto quase sempre presentes também são luz e sombra, são espaços, são conceitos. O predomínio da forma torna a obra real. È nesta hora que ela ganha sua plenitude. Acredito que a poética da minha obra está no campo perceptivo criado com formulações matemáticas que induz o observador a participar do projeto construtivo, como uma viagem introspectiva de si mesmo.” Cassia Aresta

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